sexta-feira, 15 de julho de 2016

A cidade baseada em planos, e um plano para Natal/RN

Natal começou entre disputas, com planos entre portugueses e holandeses, com planos para o comercio e o transporte marítimo. Depois chegaram os franceses e os italianos com aviões e seus planos de voos, interligando os continentes. Assim contam suas histórias, mas podem ter chegado como náufragos, à deriva ou perdidos. E desembarcaram suas bagagens e experiências, deixaram uma genética, que ainda circula nas veias.

E instalaram-se ali os americanos com seus novos planos de voos, em Parnamirim Feeld. Numeraram ruas e avenidas para não se perderem, ao retornar para a caserna. Agora com planos internacionais empresas aéreas internacionais, anunciam a necessidade e a urgência de um HUB, exigindo ou cobrando incentivos. A eterna exploração do que é produzido. Madeira para construção e lenha, e até o QAV, o combustível na nova navegação; portos e aeroportos, para receber suas naves.

Mas voando e navegando, não enxergaram problemas no solo, o lugar onde se pisa. Os problemas de quem pisa e vive no solo, onde é mais comum as areias em forma de dunas alteradas com os ventos. E a genética continua correndo pelas veias, dos novos feitores. De capitão dos mato, chegaram a capitão urbano.

Com planos estaduais anunciam um plano de uma cidade 100% saneada, no caso a capital, esquecendo, ou não pesquisando, que Belo Horizonte/MG e Curitiba/PR, já estão muitos anos na frente. Uma capital cercada por outros municípios e pelo mar, onde jogará seus resíduos? Onde fará coleta de novas águas? A igreja com um plano ecumênico, está se articulando para cobrar o saneamento; com agua potável e agua servida.

Obras subterrâneas que administradores públicos não gostam, já que não dá para fazer marketing no presente e merchandising, em momentos futuros. Bem diferente de praças e parques, pontes e viadutos. Carlos Eduardo, em Natal, colocou um monumento de Niemeyer em cima de um morro, para ver toda a cidade, e para que a cidade o veja. Mas de tão alto o monumento, não é possível avistar os problemas que acontecem em baixo. Fora o seu gabinete enclausurado, carro com película redutora de luminosidade (insulfilm) e ar condicionado. Reduzindo sua capacidade de enxergar a realidade, não enxerga a cidade.

O prefeito da cidade de Natal ou do Natal, onde já começa uma indefinição, uma disputa ortográfica, anuncia para 2036 a concretização da mobilidade urbana. Depois de inúmeras consultas públicas para conhecer os problemas urbanos, que a prefeitura desconhece, traça planos para um futuro melhor, um futuro calculado em pelo menos vinte anos, fora as intercorrências. Os acidentes de percurso, comuns na engenharia e até na medicina. A cidade sendo planejada para seus netos, andarem livres, com pistas de caminhadas e ciclovias. Talvez digam um dia, foi voinho quem fez.

Um tiro no pé, o anuncio da mobilidade com acessibilidade, baseado em uma insensibilidade urbana. Com um tiro no pé fica-se imobilizado, e alguns engessam ou andam mancando, com bengalas e muletas, até que faça efeito o tempo e a fisioterapia. E além do transito dificultado, os congestionamentos respiratórios. Fatores que levam a comprometimentos futuros.

Com o plano de mobilidade natalense, ainda não se decidiu o que fazer com cavalos, jegues e carroças, disputando espaço em vias e canaletas urbanas. A cidade é um organismo vivo, com vias circulatórias e ventilatórias, alimentando e oxigenando as suas células. Do contrário, as células urbanas crescem modificadas, ou alteradas, constituindo um câncer. Nem o ser vivo, nem a cidade podem parar de se alimentar e respirar, no combate ao câncer, ainda que usem medidas radicais, com leis e regras audaciosas, quimioterapia e radioterapia. E um prefeito é apenas uma célula, em condição privilegiada, com direitos especiais. Não é um cérebro de uma cidade, o corpo e a cidade são holísticos. Não detém um conhecimento, já que não conhece a cidade.

Carlos Eduardo baseado em percentuais estatísticos, anuncia com efusão o alto percentual urbano, nas cidades brasileiras, para justificar seus audaciosos planos. Tirou da cartola os dados informativos do IBGE. E julga ser um momento histórico fazer e planejar fazer, o que já deveria estar pronto e funcionando. O transito é o câncer que evolui para a morte, por asfixia urbana. A cidade ultrapassa as análises percentuais e estatísticas.

Carlos Eduardo já declarou em outro momento, o quanto é difícil brigar com capitais financeiros. O quanto a prefeitura tem dificuldades em embargar obras, principalmente as da orla. Em contrapartida, deverá haver dificuldades em executar desapropriações, caso sejam necessárias. Fora as exclusões dos carros que ocupam as calçadas, e que poderão ter suas pistas reduzidas. E os automobilistas questionarão seus direitos de ir e vir. Ainda que o direito esteja vinculado ao cidadão, e não contempla seus veículos.

A cidade baseada em planos,
e um plano para Natal/RN
PDF 577



Mas ainda faltam a lentidão do processo burocrático e do poder legislativo. Ainda faltam as queimas de neurônios dos engenheiros e dos planos estatísticos. O código de obras e o desenho funcional e artístico. Para não criar poluição urbana e visual. O que é possível fazer, e que se torna impossível constituir, nos pontos de vistas daqueles que se escondem atrás dos espelhos e de insulfilmes. As brigas entre lobbys; brigas entre o poder legislativo e o administrativo, com recursos do judiciário. O corte de verbas e os atrasos nas parcelas. E os imprevistos não previstos.

Com uma coleta de dados, com a pesquisa nas bases. A experiência vivida pelos artistas. Ficam aqui algumas umas sugestões ao prefeito, para sentir a cidade viva: andar de bicicleta, caminhar a pé, entre as quadras, procurando uma calçada; atravessando na faixa, como bom cidadão, mas não confiando nos carros que passam zunindo, desrespeitando o cidadão e as faixas. Não incomodar os amarelinhos ocupados em chamadas de rádio e telefone, mas fazem pose para uma foto. Utilizar ônibus, preferencialmente nas denominadas horas do rush. Participar junto com cadeirantes, em um passeio pelas calçadas, ainda que utilize uma cadeira motorizada. Mas usando uma máscara, usando a cidade como um anônimo. Para não haver benefícios, ou situações preferenciais.


Em 09/02/2016 Entre Natal/RN e Parnamirim/RN


Texto anteriormente publicado em:
http://www.publikador.com/politica/roberto-cardoso/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano-para-natal-rn

Texto disponível em:
http://www.publikador.com/politica/roberto-cardoso/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano-paranatal-rn
https://twitter.com/rcardoso277/status/699606589431541760
http://www.youscribe.com/catalogue/tous/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano-para-natal-rn2700588 E outros:
http://caldodecanapaodoce.blogspot.com.br/2016/02/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano.html
http://valedojerimum.blogspot.com.br/2016/02/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano.html
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quinta-feira, 14 de julho de 2016

O poeta que conversava com marrecos


O poeta que conversava com marrecos

PDF 685

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Haviam Ladys e Divas no local. E com o poeta dono do baobá, presidindo a mesa, assim começaram as comemorações do centenário, sobre o poeta que falava com marrecos. Começam os cem anos de sua história. E na composição dos painéis foi  dotado de uma relação de gêneros. Haveriam dois painéis, para exposições de fatos da vida de um poeta que conversava com marrecos. Começando por expositoras do sexo feminino, com parentes, professoras, letradas e causídicas, havia inclusive uma discípula de Lacam, bem relacionada com os bem-te-vis. Histórias e curiosidades foram ditas por um olhar feminino. Olhares sobre o escritor, advogado e historiador, o potiguar Hélio Galvão (1916-1981), que tem seu nome em uma praça, na cidade de/do Natal. E ele foi citado como sendo o responsável por criar uma duvida recorrente nas ruas: Cidade de Natal ou Cidade do Natal. Ainda há controvérsias entre o popular e o oficial, e que se juntem as provas ao processo.

Das praias saiam suas cartas, levando um cheiro de maresia para outras plagas. Da esquina do mar com o rio Grande, fez sua monografia e suas teses. Onde esta localizado um forte, que ele chamou de fortaleza. Foi a fundo buscar informações e definições. Mas quis a linguagem do povo denominar pelas ruas, de Forte do Reis Magos.  As histórias sempre começam em uma praia, em um desembarque. E um livro começou em uma esquina de águas, as doces e as salgadas, uma fortaleza, descrita por um forte, com a luz do Sol; Hélio.

O poeta tinha o hábito de conversar com os marrecos que moravam em seu quintal. Um quintal que separava a casa da biblioteca, onde estavam guardados seu escritos e suas memórias. Uma infinidades de livros, que continuam na história, onde um dia o pequeno Cadu se perdeu, depois de uma carona com os Alves. E durante a travessia do quintal, os marrecos o acompanhavam, na ida ou na volta. Seguiam como uma comitiva do poeta, a caminho da casa ou da biblioteca. E com longos voos o Poeta fez viagens a Portugal, para descobrir suas raízes e os significados de seu nome.

O segundo painel foi formado por um grupo masculino, mais parecendo como uma estratégica politica, tendo a mesa o prefeito e um secretario, simbolizando a cultura do município.

Mas o prefeito enaltecido como prefeito da cultura, tinha uma comitiva a sua espera na porta, com carros parados ao longo da calçada, ocupando uma pista, tal como pais que estacionam em frente a uma escola, dificultando o transito das engarrafadas vias. A comitiva o aguardava para fazer um translado, em um carro fechado, com ar condicionado e vidros escuros. Evitando que o prefeito não observasse a cidade, e não se incomodasse com pertubações urbanas pelo trajeto. O prefeito que vive isolado em gabinetes, salas, auditórios e salões, partiria em um carro fechado, isolado do mundo, zapeando com a próxima escala, com o argumento das estrategias de segurança, dado ao adiantado da hora. Partiria observando a cidade somente pelos oficios, que pousam em sua mesa, mais as informações smarteadas, na palma da mão. Não admite marrecos que o acompanhem pelas ruas, no quintal da cidade que ele administra. Em ambientes fechados está longe dos olhos dos bem-te-vis.

Em 14/07/2016

Texto postado em:


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por Roberto Cardoso (Maracajá)
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Região Matropolitana de Natal

Grande Natal

Arrochando o Nó
Caldo de Cana com Pão Doce
Jerimum Valley
Na Floresta de Nísia
No país de Mossoró
Pelas Ruas de Natal
Pelas Ruas de (Nova) Parnamirim

Pelas ruas de (Nova) Parnamirim/RN

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Sopa com Bolo



sábado, 2 de julho de 2016

Emília e milhas … e-milhas

Emília e milhas … e-milhas
PDF 673

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Tudo indicava que o tema principal do dia, ou da noite,  seria a Emília, contada não por Monteiro Lobato, mas por Sebastião Bortoni. Histórias do sitio contadas por um sábio, pesquisador e estudioso, tal como o Visconde de Sabugosa. Bortoni vem dando continuidade e vida a Emília, a partir de um relato contado, quando descobriu que um grupo de crianças não sabia quem era Emília, a personagem criada por Monteiro Lobato.

E antes de começar o evento programado, já aconteciam viagens imaginárias pela Rodovia Castelo Branco, e percorrendo algumas cidades como Agudos, Lençóis Paulista e Botucatu até chegar em Bauru. E a partir de Bauru a viagem prosseguiu também, foi de trem ou de ônibus, prosseguindo pelo oeste paulista até a cidade de Dracena, lá no finalzinho do estado, perto de Andradina, caminho normalmente percorrido pelo Expresso de Prata. Memórias dos anos de 1980, com o antigo modelo monobloco, Mercedes Benz. Hoje os ônibus são mais modernos e possuem dois andares, com direito a visão panorâmica.

E ainda havia uma alternativa de partir de São Paulo pela Reunidas, ou em uma viagem de trem, ambas passando por Campinas, Pederneiras e Jaú,  até chegar em Bauru. Opções mais longas ou demoradas, por passar em inúmeras cidades, em relação a Castelo que era uma via reta e larga, com pistas múltiplas. Viagens imaginarias de um tempo passado. Faltou lembrar e comentar, sobre a cidade Monteiro Lobato, perto de São José dos Campos, a caminho de Campos do Jordão.

Descumprindo uma características dos transportes, o evento partiu atrasado. Mas como o objetivo era viajar no tempo ficando sentados em um mesmo local, não importava o atraso, e viajar-se-ia a pontos mais distantes. E olhe que um bom mineiro não perde o trem, e adora contar um causo. Assim é Bortoni, mineiro e contador de histórias. Hoje da continuidade a Monteiro Lobato.

Começando o evento programado, umas das viagens contadas foi internacional, nos tempos da cortina de ferro, para visitar a União Soviética, em um tempo que para os brasileiros, eram todos conhecidos por russos. Nem se imaginava que era uma reunião de países, até nem pelo nome, uma união socialista. E por se pouco saber o que lá acontecia, entendia-se que tudo era a Rússia, ocupada pelos russos. A história nos convencia disto, por saber que um dia Napoleão tentou invadir a Rússia, sendo cercado e surpreendido pelo inverno severo. Outras viagens internacionais, foram pela América do Sul, no estilo exilado.

Uma fase em Brasília foi um ponto de partida, para contar outras histórias. Com informações coletadas, entrevistas e pesquisas na Asa Sul e Asa Norte. E na famosa W3. Cenas de filmes aconteceram a partir de BSB, com fugas e asilos políticos. Viagens e transportes que mais pareciam sequestros, considerando que eram os tempos de ditadura.

Outras histórias de viagem, foram suas idas a Salvador (SSV), com pernoites e apeamentos na casa de Jorge Amado, que tinha as mesmas veias politicas de Niemeyer. O monumento à JK em Brasília, também foi lembrado, com idealismos ocultos, talvez projetados em uma sombra. Faltando lembrar a construção das instalações do Parque da Cidade (Natal/RN), que também com a assinatura de Niemeyer tem uma imagem idealista oculta, que é possível interpretar pelo alto.

A história é algo difícil de entender e ser discutido, pois desde os primeiros estudos ensinados na escola, somos convencidos de uma versão, como quem ocupou e quem teve um território ocupado; quem ganhou ou quem perdeu uma batalha e uma guerra. E assim aprendemos e somos convencidos pela história contada por um lado, normalmente a versão do colonizador, o lado que se entende como vencedor. Nossa história começa com Caminha escrevendo uma carta, enquanto os índios apenas faziam parte da paisagem, sem deixar nada escrito.

A história é contada por quem a principio domina um conhecimento. Quem dominava a pólvora e a escrita. Quem dominou os transportes terrestres. Quem dominava os transportes marítimos, quem domina a aviação, modos de trocas e comunicação. E hoje por quem domina e controla a internet. Por quem já fincou uma bandeira na Lua. A partir da Lua e com a internet, é possível observar a Terra e contar uma história, que só resta aos que não tem o mesmo privilegio, acatar como verdadeira e obedecer o que é dito como será no futuro.

Sebastião Bortone atualmente reside em uma cidade da região Metropolitana de Natal/RN, é mineiro de Monte Santo de Minas, uma pequena cidade próxima a divisa com o estado de São Paulo, próxima da região de Mococa/SP. Viveu em Bauru/SP, Brasília/DF e outras cidades no Brasil e no mundo afora. Das cidades em que passou ou viveu, trouxe consigo um conhecimento na bagagem.


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por
Roberto Cardoso (Maracajá)     
Branded Content (produtor de conteúdo)   
Reiki Master & Karuna Reiki Master   
Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq   


Em 02/07/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN