quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O prefeito da inclusão

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O prefeito da inclusão
PDF 752


O prefeito da inclusão, tudo incluía a seu bel prazer, de acordo com suas necessidades políticas, agradando a quem lhe interessasse, ao longo de uma carreira política, herdeira de oligarquias. Um verdadeiro reinado.

Na tal cidade onde um dia os holandeses desembarcaram para travar algumas batalhas, e os americanos decolaram para chegar voando a um palco de guerra, o prefeito procurou caminhos controversos. Não abriu as portas como fez a cidade. Estagnou a cidade com os que já estavam dentro, deixando as ideias que chegavam, de outros países, do lado de fora.  Buscou a inclusão de todo tipo de cidadão, em alguns espaços da cidade. Não importava a deficiência ou patologia. podia ser mecânica ou sensorial, sintomática ou psicológica.

Incluiu mais pessoas nas mesmas paradas de ônibus que já existiam, dizendo que sempre cabe mais um; incluiu mais passageiros nos ônibus que já existiam, dizendo que ônibus é tal coração de mãe, sempre cabe mais um. Tudo embutido com um sorriso em reclame de creme dental. Inaugurou ruas e avenidas onde não transitam coletivos, apenas carros. Aplicou políticas e  padrões de inserção, aos que possuíam carro com ar condicionado, filtro no vidro e carroceria blindada.

Durante as campanhas de seu reinado desfilava em um carro aberto, evitando colocar o pé no chão. Ficava na dúvida do pé, direito ou do esquerdo, qual colocar primeiro e qual levar um escorregão. O piso das ruas e calçadas eram cheios de desníveis e buracos, não poderia colocar o pé primeiro certo, e cair no passo seguinte. O prefeito já tinha cometido desníveis e deslizes culturais quando realizou a festa da FLINstones. E durante seu mandatos administrava a sua cidade em um castelo no alto da Candelária.

Contratou um drone para filmar a cidade, do alto, tal como a Candelária. Sempre caberia uma nova imagem, da cidade ou pessoal. Contratou uma equipe para disseminar propaganda eleitoral em redes sociais. Até durantes os debates ao vivo na televisão, sua página pessoal estava ativa. Usava de mensagens subliminares para atingir as mentes, dando uma ideia de que não mente, dizendo ser uma cidade maravilha.

Incluiu os carros sobre as calçadas, carros estacionados em esquinas, e carros parados em faixas de pedestres. Abriu espaço para montadoras automobilísticas de países diversos. Mas o seu maior trabalho de inclusão foi com um grupo, que fica gesticulando, como se estivesse falando no rádio ou no telefone, em alguns pontos estratégicos da cidade. Vestindo uma camisa amarela, para que todos os enxergassem e não os atropelasse. Um grupo de cegos, surdos e mudos. Não enxergam os carros na calçada e se fazem de surdos e mudos quando questionados. A mesma patologia do presidente, não sabem de nada.

O prefeito é meio Chaves e meio Maduro, chega nas urnas e na TV para pedir sua permanência no cargo, através do voto. E o prefeito nos lembra mesmo de Honoré Balzac (1799-1850). gosta de fazer piada com a desgraça dos outros. O cara é uma comédia humana, e tem discurso do código dos homens honestos, com suas ilusões perdidas.

O prefeito inaugurou um hospital na cidade, desprezado pelo secretário de saúde, quando acometido por um infarto. Dispensou o hospital municipal e o hospital estadual, passou pela frente dos hospitais públicos, em uma operação de remoção em emergência, foi levado direto para um hospital particular. Não quis ocupar a vaga de direito do povo.

O prefeito segue com seu discurso na TV e redes sociais, enxergando uma luz no fim do túnel. Pode iluminar a cidade, que é conhecida com cidade do Sol, mas os ventos atrapalham as suas ideias.

RN 29/09/2016

Texto em:
http://www.publikador.com/eventos/roberto-cardoso-(maracaja)/o-prefeito-da-inclusao-1


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

domingo, 4 de setembro de 2016

sábado, 3 de setembro de 2016

Cenas de uma cidade má administrada PDF 719



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Cenas de uma cidade má administrada
PDF 719

Em um sábado de sol pelas ruas de uma cidade. Ruas do perímetro urbano, no centro comercial, e outras paragens na tal cidade

Cena 1
Rua Dr José Ivo, rua começando em frente a prefeitura. Uma rua estreita no centro da cidade, onde só há espaço para um automóvel trafegar. Carros e motos sobre as calçadas também estreitas, impedem o transito de pedestres e o acesso as lojas, que ainda estão abertas. A observação da falta que faz um Amarelinho, para intervir no espaço urbano, evitando infrações e aplicando multas. A prefeitura está próxima, mas não há expediente no momento. E durante o horário de expediente, não aceita reclamações pessoalmente, dizem ser necessário acessar um site ou um aplicativo; ou procurar o órgão competente.
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Cena 2
Avenida Rio Branco, centro da cidade. Carros estacionados sobre as calçadas, que já não comportam mais as pedras portuguesas. As pedrarias das calçadas, para pedestres, estão sendo destruídas pelas movimentações de veículos movimentados e parados, para operações de carga e descarga.
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Cena 3
Esquina da Avenida Rio Branco com a Rua João Pessoa. Um vendedor mantem uma mobília espalhada, e à venda sobre a calçada. Poltronas, banquetas e baus fazem o contorno de um telefone público, disponibilizando ao usuário, apenas um acesso para chegar ao telefone. A mobília espalhada pela calçada impede que os pedestres  ao saírem da faixa de pedestres, acessem diretamente a calçada, dificultando também o aceso de pedestres que desejam atravessar a avenida.
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Cena 4
Na rua João Pessoa, com uma parte calçada, para uso de pedestres. Um cidadão é atingido por uma motocicleta trafegando sobre o espaço destinado a pedestres, depois da moto acessar pela rampa de cadeirantes. O cidadão reclama com o condutor e observa seu destino. Em uma posição estratégica o cidadão observa a motocicleta estacionada com o condutor ocultando a placa. O cidadão com o celular tira uma foto e se afasta para observar as vitrines, sair de cena. O condutor da moto se aproxima e intimida o cidadão. Faz ameaças: se tirar uma nova foto, pode perder seu aparelho de comunicação. Nenhum Amarelinho, Guarda Municipal ou Policia Militar, é avistado pela redondeza. Um dia já existiu um posto policial na esquina mais próxima.
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Cena 5
Rua Coronel Cascudo. Uma história se repete. Um carro vendendo coxinhas impede a passagem de pedestres, para acessar e sair. ou atravessar uma rua. Fato já citado em um outro texto. Coxinhas urbanas(os).
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Cena 6
Um automóvel parado sobre uma faixa de pedestre, em frente a um hospital infantil Varela Santiago. O condutor esta ao volante, mas não se movimenta quando alertado por um pedestre necessitando atravessar a pista usando a faixa.
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Cena 7
Palácio dos Esportes. O local das atividades paraolímpicas. Há vários carros estacionados ao longo da faixa táctil, destinada as informações e orientações aos deficientes visuais. Outros carros estão estacionados em frente as rampas. Natal/RN a única capital do nordeste a receber atividades das Paraolimpíadas que deverão começar no Rio de Janeiro/RJ. Dentro do ginásio esportivo recém reformado, rampas para cadeirantes, que não permitem um auto deslocamento, o cadeirante precisa ser ajudado para alcançar o piso superior, onde há uma maior visibilidade da quadra.
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Cena 8
Avenida Aírton Sena. Uma ciclovia ocupada por automóveis Enquanto motoristas e acompanhantes tomam uma geladinha, automóveis em fila indiana aguardam seus motoristas e passageiros, estacionados na sobra projetada sobre a ciclovia,
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Todas as cenas e fatos foram observados em um único dia. Um sábado de sol, no mesmo dia dos eventos paraolímpicos na tal cidade (03/09/16).